segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Atrasado

Antes de qualquer coisa peço perdão aos leitores pelo atraso. Mas sinto-me no dever de reproduzir uma matéria publicada no Estado de Minas, no último sábado (antes do clássico mineiro), que dá destaque ao Clássico dos Maiorais.


Versão paraibana (09/02)

Kelen Cristina - Estado de Minas

Engana-se quem pensa que o clássico de amanhã será o primeiro Raposa x Galo do ano. Na Paraíba, já houve esse duelo, domingo, no Estádio Ernani Sátiro, chamado de Amigão, em Campina Grande. Mais de 23 mil torcedores assistiram à vitória por 1 a 0 do Campinense, que tem o mesmo mascote cruzeirense, mas é rubro-negro, sobre o Treze, um Galo também alvinegro, com gol de Stênio. Essas não são, porém, as únicas coincidências entre as versões paraibana e mineira.
Como no clássico de amanhã, um tabu estava em jogo. Havia dois anos que o Treze não perdia do maior rival. Vinha de seis vitórias consecutivas. Mas, ao contrário do confronto de Campina Grande, em Belo Horizonte, a escrita é favorável à Raposa, que não perde do Galo há dois anos – sete partidas. Um indício de que também será quebrado?
Outro aviso vai para os técnicos. A derrota custou o cargo a Paulo Moroni (zagueiro do Vasco no fim dos anos 1980), que dirigia o Treze. Levir Culpi que abra o olho, pois seu time ainda não venceu este ano e a pressão já é grande. Curiosamente, o substituto de Moroni, Arnaldo Lira, tem ligação com o Atlético: comandava o Pelotas, que, na Copa Sul-Minas de 2002, promoveu um “cai-cai” no Mineirão, para assegurar o empate por 2 a 2 com o alvinegro, à época também comandado por Levir.
Mais uma semelhança estava no gol da Raposa paraibana, defendido por Dida – não o original, que vestiu a camisa 1 celeste e está no Milan. As campanhas das equipes no Estadual também lembram as dos times mineiros. O Campinense é líder isolado e o Treze ocupa a sexta posição.


ORIGENS
O Galo mineiro é 17 anos mais velho do que o paraibano, fundado em 7 de setembro de 1925. O do Nordeste, que se auto-intitula o mais querido da Paraíba, foi campeão estadual 14 vezes e busca este ano o tricampeonato. Como o alvinegro de cá, também vende seus produtos licenciados na Loja do Galo e tenta aumentar a receita com o programa de sócio-torcedor. Já a Raposa celeste é seis anos mais jovem que a rubro-negra de Campina Grande, fundada em 12 de abril de 1915. Como o arqui-rival, coleciona 14 títulos estaduais, o último deles em 2004.
O Galo foi escolhido como mascote do Treze, segundo o site oficial do clube, porque 13 pessoas se reuniram no dia da fundação. No primeiro encontro, não houve consenso quanto ao nome da equipe. Em nova reunião, 13 pessoas voltaram a comparecer. Daí o nome Treze Futebol Clube e a escolha do mascote, correspondente ao número da ave no jogo do bicho.
A Raposa teve relação com o rival. Foi escolhida no início dos anos 60, depois de sucessivas vitórias sobre o grande adversário e por ser o animal um predador de galos. Estilizada, aparece vestida de fraque e cartola, como um maestro de orquestra.

2 comentários:

Lenildo Ferreira disse...

Boa!!! Detalhe: lá o tabu também foi por água a baixo.

Anônimo disse...

A repórter só esqueceu de acrescentar mais três títulos paraibanos para a raposa - 17 ao invés de 14 títulos - e citar o grande feito da raposa: o HEXA - 1960 a 1965.